quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mais Exercícios...

01. João da Cruz e Sousa, principal poeta simbolista brasileiro, escreveu os seguintes livros:
a)Missal, Broquéis e Faróis
b)Crisálidas, Americanas e Ocidentais
c)Poesias, Tarde e Sarças de Fogo
d)Espectros, Viagem e Vaga Música
e)O Ateneu, Til e Iracema
Resposta: a)

02.(PUC-PR) O simbolismo de Cruz e Sousa revela a crise da concepção positivista da vida que marca de forma particular as duas últimas décadas do século XIX, provocando, no campo das letras, o aparecimento de uma poesia caracterizada pelos seguintes aspectos:
a) Concepção mística do mundo, interesse pelo particular, pelo indefinido e pelo mistério. Ao priorizar o conhecimento ilógico e intuitivo, distingue-se da poesia parnasiana também por apresentar uma maior flexibilidade formal.
b) Valorização da subjetividade, que se desdobra na tentativa de apreensão do momentâneo e do fragmentário, não sendo rara a presença de poemas de cunho memorialístico.
c) Concepção lúdica da arte, que tem como base teórica e filosófica a teoria da relatividade de Einstein, a teoria psicanalítica de Freud, a filosofia de Nietzsche e a teoria econômica de Marx, apontando para uma figuração mítica e/ou alegórica da existência.d) Valorização do aspecto formal do poema, priorizando especialmente o gráfico, o visual, em detrimento do conteúdo, da sintaxe discursiva,da subjetividade e da temática nacional.
d) Valorização da imaginação, do subjetivismo, das emoções, donde avulta uma poesia marcada pela melancolia, pela solidão, pela angústia e desejo de evasão, apresentando, por outro lado, características que apontam para o nacionalismo e culto à natureza.
Resposta: a)


03.(PUC-RS) Todas as afirmativas que seguem podem ser relacionadas ao Simbolismo, tendência a que se associa Eduardo Guimaraens, EXCETO a de que:
a) Contraria o pragmatismo de tendência parnasiana.
b) Valoriza a expressão da subjetividade.
c) Propõe o rigorismo formal.
d) Retrata a realidade de maneira vaga, imprecisa.
e) Expressa-se por imagens e não por conceitos.
Resposta: c)

Inefável!

Nada há que me domine e que me vença
Quando a minh'alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.

Sou como um Réu de celestial Sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
D'estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outra mais serenas madrugadas!

todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim, porque eu as amo
Na minh'alma volteando arrebatadas! 

Cruz e Sousa

Alucinação

Ó solidão do Mar, ó amargor das vagas,
Ondas em convulsões, ondas em rebeldia,
Desespero do Mar, furiosa ventania,
Boca em fel dos tritões engasgada de pragas.

Velhas chagas do sol, ensangüentadas chagas
De ocasos purpurais de atroz melancolia,
Luas tristes, fatais, da atra mudez sombria
Da trágica ruína em vastidões pressagas.

Para onde tudo vai, para onde tudo voa,
Sumido, confundido, esboroado, à-toa,
No caos tremendo e nu dos tempo a rolar?

Que Nirvana genial há de engolir tudo isto -
- Mundos de Inferno e Céu, de Judas e de cristo,
Luas, chagas do sol e turbilhões do Mar?! 



Cruz e Sousa

A Praça

 A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece
Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece,
Embora seja uma memória vã.

Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui ... Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante ...

Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serena...

De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há.

 
Álvaro de Campos

Sorriso Interior

O ser que é ser e que jornais vacila
Nas guerras imortais entra sem susto,
Leva consigo esse brasão augusto
Do grande amor, da nobre fé tranqüila.
Os abismos carnais da triste argila
Ele os vence sem ânsias e sem custo...
Fica sereno, num sorriso justo,
Enquanto tudo em derredor oscila.
Ondas interiores de grandeza
Dão-lhe essa glória em frente à Natureza,
Esse esplendor, todo esse largo eflúvio.
O ser que é ser transforma tudo em flores...
E para ironizar as próprias dores
Canta por entre as águas do Dilúvio!


Cruz e Souza

Representação do Dadaísmo

Exercícios...

01- Em Os Sertões, de Euclides da Cunha, a natureza:
a) funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste
entre o meio inerte e o homem agressivo
b) é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que
podem transformá-la, sem que sejam por ela transformados
c) condiciona o comportamento do homem, de acordo com as
concepções do determinismo cientifico de fins do século XIX
d) é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos
humanos do autor
e) é o tema da primeira parte da obra, A Terra, mas não funciona
como elemento determinante da ação
Resposta: C



02- A obra de Lima Barreto:
a) É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista
antes da década de 20.
b) Gira em torno da influencia do imigrante estrangeiro na formação da
nacionalidade brasileira, refletindo uma grande consciência crítica dessa
problemática.
c) Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada
precursora do romance regionalista moderno.
d) É pré-modernista, refletindo forte sentimento nacional e grande consciência
critica de problemas
brasileiros.
e) Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos
românticos e influenciou fortemente os romancistas da primeira geração
modernista.
Resposta: D




03- (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo
exaltado e delirante da
personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos,
que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos
seguintes setores da vida nacional:
a) escolar, agrícola e militar;
b) lingüístico, industrial, e militar;
c) cultural, agrícola e político;
d) lingüístico, político e militar;
e) cultura, industrial e político.
Resposta: C

Vida Obscura

Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.

Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.

NinguémTe viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.

Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!

                             
     Cruz e Sousa

sábado, 25 de junho de 2011

Mais Exercícios

1) (CEAP - AP)

"Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vâs, vulcanizadas."  Cruz e Sousa.

     Nesta famosa estrofe do simbolista Cruz e Sousa, a musicalidade se expressa pelas

(A) metáforas.
(B) sinestesias
(C) aliterações
(D) metonímias.
(E) repetição das palavras vozes e violões.

(RESPOSTA: C)
 
 

 2)(PUC- RS)

     Ninguém anda com Deus mais do que eu ando,
     Ninguém segue os seus passos como eu sigo,
     Não bendigo a ninguém e nem maldigo:
     Tudo é morte num peito miserando.
     Vejo o sol, vejo a luz e todo bando
     Das estrelas no olímpico jazigo.
     A misteriosa mão de Deus o trigo
     Que ela plantou aos poucos vai ceifando.

Um dos temas marcantes da poesia simbolista de Alphonsus Guimaraens é a __________________ profunda e pessoal, como ilustram as estrofes citadas.

(A)delicadeza
(B)ternura
(C)religiosidade
(D)evasão
(E)realidade

(RESPOSTA: C)
 
 
(UFScar)INSTRUÇÃO: os dois poemas seguintes referem-se à questão
de número 23.
O luar através dos altos ramos,
Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.
Mas para mim, que não sei o que penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos.
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
 
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
(…)
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
 
23. Ambos esses poemas são atribuídos a Alberto Caeiro, um
dos heterônimos de Fernando Pessoa.
a) O que caracteriza esse heterônimo?
b) O que há de comum nesses dois poemas em termos
de estilo? Justifique a sua resposta.

 

Em Os Sertões, de Euclides da Cunha, a natureza:
a) funciona como  contraponto à narração, ressaltando o contaste entre o meio inerte e o homem agressivo
b) é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que podem transformá-la, sem que sejam  por ela transformados
c) condiciona o comportamento do homem, de acordo com as concepções do determinismo cientifico de  fins do século XIX
d) é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos humanos do autor
e) é o tema da primeira parte da obra, A Terra, mas não funciona como elemento determinante da ação

(RESPOSTA:C)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Resumo "Mensagem" de Fernando Pessoa

Mensagem de Fernando Pessoa é uma obra de complexa estruturação de poemas que se refere a Portugal e sua história, mas principalmente à alma portuguesa. A obra é dividida em três partes: Brasão, Mar Português e O Encoberto. A primeira parte ? Brasão ? remonta às origens de Portugal e a definição da nacionalidade do país. As quantidades e as relações numéricas, constantes no Brasão, têm provável significado esotérico, pois tradicionalmente os brasões portugueses, geralmente representados por um dragão lado, foi substituído pela figura mitológica do Grifo (cabeça de águia, patas de leão), simbolizando a oposição dos contrários. A segunda parte de Mensagem ? Mar Português ? refere-se às grandes viagens e a expansão marítima, portanto o apogeu da história portuguesa, e devida ao espírito heróico de seu povo. A terceira parte ? O Encoberto ? se fixa na figura de D. Sebastião e abrange desde o seu desaparecimento, até a fase de declínio da nação. O tema subjacente na obra é o das viagens, porém há nela um convite, para que o homem viaje para dentro de si, sem medos de suas próprias contradições, e que faça uma reavaliação de seus valores mais essenciais, para que permaneçam suas vontades mais íntimas, superando a superstição e a ignorância. Fernando Pessoa mostra que a história de Portugal, a exemplo do que acontece na história da humanidade, não passa de um desfile sinuoso, enigmático, de gestos e atos cegos, cujo sentido verdadeiro é ignorado.Se não houver determinação e desprendimento para perseguir um ideal, o homem não passará de um morto-vivo.Um dos poemas mais belos e conhecidos de Fernando Pessoa está na obra Mensagem e chama-se : Mar PortuguêsÓ mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.

Resumo de "O Cortiço"



João Romão, português, bronco e ambicioso, ajuntando dinheiro a poder de penosos sacrifícios, compra pequeno estabelecimento comercial no subúrbio da cidade - Rio de Janeiro. Ao lado morava uma preta, escrava fugida, trabalhadeira, que possuía uma quitanda e umas economias. Os dois amasiam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de carga para João Romão. Com o dinheiro de Bertoloza -assim se chamava a ex-escrava, o português compra algumas braças de terra e alarga sua propriedade. Para agradar a Bertoleza, forja uma falsa carta de alforria. Com o decorrer do tempo, João Romão compra mais terras e nelas constrói três casinhas que imediatamente aluga. O negócio dá certo o novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português. A procura de habitação é enorme, e João Romão, ganancioso, acaba construindo vasto e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certos ares de pessoa importante, o Senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular. Miranda não se dá com João Romão, nem vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa. No cortiço moram os mais variados tipos: brancos, pretos, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros: a Machona, lavadeira gritalhona, - cujos filhos não se pareciam uns com os outros; Alexandre, mulato pernóstico; Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influência das más companhias; Rita Baiana, mulata faceira que andava amigada na ocasião com Firmo, malandro valentão; Jerônimo e sua mulher, e outros mais. João Romão tem agora uma pedreira que lhe dá muito dinheiro. No cortiço há festas com certa freqüência, destacando-se nelas Rita Baiana como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Enciumado, Firmo acaba brigando com Jerônimo e, hábil na capoeira, abre a barriga dó rival com a navalha e foge. Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam-no de - Cabeça-de-gato; como revide, recebem o apelido de - Carapicus. Firmo passara a morar no - Cabeça-de-Gato, onde se torna chefe dos malandros. Jerônimo, que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo, arma uma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata a pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher. Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do - Cabeça-de-gato travam séria briga com os - Carapicus. Um incêndio, porém, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim à briga coletiva. O português, agora endinheirado, reconstrói o cortiço, dando-lhe nova feição e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher - de fina educação, legitimamente. Lança os olhos em Zulmira, filha do Miranda. Botelho, um velho parasita que reside com a família do Miranda e de grande influência junto deste, aplaina o caminho para João Romão, mediante o pagamento de vinte contos de réis. E em breve os dois patrícios, por interesse, se tornam amigos e o casamento é coisa certa. Só há uma dificuldade: Bertoleza. João Romão arranja um piano para livrar- se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a polícia na casa de João Romão para levar Bertoleza aos seus antigos senhores. A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.

Resumo de "Macunaíma"

Macunaíma - Mário de AndradeRapsódia escrita em 1926 e publicada em 1928, traz uma variedade de motivos populares que Mário de Andrade juntou de acordo com as afinidades existentes entre eles. Trata-se de uma espécie de "coquetel" do folclórico e do popular do Brasil. Mário de Andrade mistura o maravilhoso e o sobre-humano ao retratar as façanhas de um herói que não apresenta rigorosos referenciais espaço-temporais ? Macunaíma é o representante de todas as épocas e de todos os espaços brasileiros. Macunaíma, que leva o subtítulo de herói sem nenhum caráter, é também o nome do personagem central, um herói ameríndio que trai e é traído, que é preguiçoso, indolente, mas esperto e matreiro, individualista e dúbio. Destituído da auréola idealizada dos românticos, Macunaíma é o índio moderno, múltiplo e contraditório. Nasce na selva, filho de uma índia tapanhumas, fala tardiamente e só anda quando ouve o som do dinheiro. Vira príncipe e trai o irmão Jiguê ao brincar com as cunhadas, primeiro Sofará e depois Iriqui. Vira homem e mata a mãe, enganado por Anhangá. Casa-se com Ci, a mãe do mato, guerreira amazonas da tribo das Icamiabas. Macunaíma torna-se o Imperador do Mato Virgem. Após seis meses, tem um filho. A criança morre, transformando-se em planta do guaraná. Ci, cansada e desiludida, vira a estrela Beta da Constelação Centauro. Antes de morrer, porém, Ci deixa ao esposo a muiraquitã, uma pedra talismã que lhe daria a garantia de felicidade. Mas o herói perde a pedra que acaba nas mãos do rico comerciante peruano Venceslau Pietro Pietra, colecionador de pedras em São Paulo. Em companhia de seus dois irmãos ? Maanape e Jiguê ? vem para São Paulo a fim de reconquistar a pedra, que simboliza seu próprio ideal. Porém, Venceslau, que está disfarçado de comerciante, é na verdade o gigante Piaimã, comedor de gente; por isso, as investidas de Macunaíma contra ele não dão resultado. Só depois de apelar para a macumba Macunaíma consegue derrotar o gigante. Reconquistada a pedra, Macunaíma retorna ao Amazonas e se deixa atrair pela Iara, perdendo definitivamente a pedra. Como já não vê mais graça no mundo, vai para o céu, onde se transforma em estrela da Constelação Ursa Maior, ficando relegado ao brilho inútil das estrelas

Resumo de "Os Sertões"


Os Sertões: campanha de Canudos", de Euclides da Cunha Os Sertões foi dividido em três partes: "A Terra", "O Homem" e "A Luta".
Euclides descreveu o sertão baiano em A Terra. Iniciou explicando o relevo do Planalto Central brasileiro. Depois descreveu a paisagem sertaneja: seca, dias quentes e noites frias, cheia de árvores sem folhas e espinhentas.
Na segunda parte, "O Homem", o Autor caracterizou os sertanejos e contou a história de Antônio Conselheiro, líder do arraial de Canudos.
Euclides destacou as diferenças do sertanejo e dos litorâneos, concluindo que os sertanejos estão isolados da civilização e, portanto, privados de seus bens culturais e materiais.
Antônio Vicente Mendes Maciel (o Conselheiro), líder de Canudos, foi um reflexo dos sertanejos. Nasceu em Quixeramobim, no Ceará, onde trabalhou e logo se casou. Quando foi traído pela mulher, resolveu andar pelos sertões. Após dez anos, Antônio Vicente surgiu como o líder religioso Antônio Conselheiro.
Muitos sertanejos seguiam Conselheiro em sua peregrinação. Mas a situação agravou-se quando o líder religioso instalou-se na antiga fazenda de Canudos. As pessoas vinham de toda parte. O arraial, segundo as autoridades, era um abrigo de criminosos. Amontoavam-se jagunços suficientes para compor um batalhão, homens cruéis e destemidos.
O governo do Estado da Bahia resolveu organizar uma expedição para desbaratar o arraial de Canudos. A primeira expedição, liderada pelo Ten. Pires Ferreira, foi enviada em novembro de 1896. Dispostos estrategicamente, mais preparados e com mais noção do território e de seus ardis, os jagunços saíram vencedores. A segunda expedição, comandada pelo major Febrônio de Brito, foi atacada de surpresa e vencida.
Com grande respaldo popular, a terceira expedição, Expedição Moreira César, partiu de Monte Santo em fevereiro de 1897 e em março invadiu Canudos. O Cel. Moreira César morreu e a expedição fracassou. Os soldados debandaram nas caatingas.
A fuga dos soldados restrugiu-se no país inteiro. A vitória dos jagunços foi considerada um ultraje para a República. Era uma ameaça de restauração da Monarquia... (os sertanejos nem entendiam as reformas republicanas: casamento civil, cobrança de impostos e separação entre Igreja e Estado).
Batalhões de todos os Estados foram mobilizados para destruir Canudos. O Gen. Artur Oscar liderava-os. Com a ajuda do Tenente-Coronel Siqueira de Meneses, comandante astucioso, os soldados combateram e venceram, apesar da repetição dos mesmos erros das expedições anteriores.
A vitória das forças do governo, conseguida após sucessivos reforços, consolidou-se quando compôs-se a Trincheira Sete de Setembro. Canudos estava cercada, mas resistiu com fome e sede até 5 de outubro. Os prisioneiros foram degolados.

Resumo "Triste Fim de Policarpo Quaresma"

O romance Triste fim de Policarpo Quaresma é uma narrativa em terceira pessoa que conta a hist´ria de Policarpo Quaresma. Nacionalista fanático, funcionário público, letrado, que apesar dos problemas do Brasil, acredita piamente no desenvolvimento do país. O patriota inveterado valoriza a cultura nacional, a música, a comida, a moda, a dança e principalmente a língua tupi. Sugere à Câmara de deputados a oficialização do tupi como língua nacional.Interpretado como maluco é destituído de suas funções e internado como louco em um hospicio. Libertado ele se refugia no sítio do Sossego no interior de Minas Gerais.Passa a apostar na agricultura como saída para a soluçao dos problemas brasileiros.Mas ao dedicar-se à lavoura descobre que as dificuldades de produtor rural são desanimadoras e que as saúvas são mais destruidoras do que ele imaginara. Ninguém dá importância às suas idéias desenvolmentistas, porém a afilhada Olga Coleone, nunca lhe abandona, pois acredita em seus sonhos e como ele tem uma visão crítica da sociedade brasileira. O último arroubo patriótico de Quaresma é a carreira militar. Incorpora-se voluntariamente às tropas do marechal Floriano Peixoto por ocasião da Revolta da Armada. Porém ao denunciar as atrocidades da repressão aos adversário, é detido e jogado na prisão. Humilhado e doente é mandado para a ilha das Cobras. Reconhece por fim que a Pátria que ele idealizava era um mito. Pouco antes de ser fuzilado injustamente pela ordem arbitrária que ajudou a defender, Policarpo Quaresma faz uma reflexão sobre as circunstâncias que o levaram a um fim trágico. O romance de Lima Barreto reflete a hipocisia da sociedade brasileira e de seus governantes com sua visão individualista e corrupta, bem como as injustiças a que é submetido o cidadão comum.

Poema de Fernando Pessoa


AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa

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Surrealismo:




Pré-Modernismo:

Fernando Pessoa:




Simbolismo:


segunda-feira, 20 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

Exercícios sobre o Pré-Modernismo

(PUC-RS) A literatura do pré-modernismo brasileiro, nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, caracteriza-se pela:
A) descrição e romantização da sociedade rural.
B) interpretação e polêmica voltadas para a problemática social.
C) análise e idealização da sociedade urbana.
D) restauração e mitificação da temática histórica.
E) reconstrução e fabulação da sociedade indígena.
R: letra B

(UEL-PR) Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm em como elemento comum:
A) a intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
B) a adoção de linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
C) a expressão de aspectos até então negligenciados da realidade brasileira.
D) a prática de um experimento lingüístico radical
E) o estilo conservador do antigo regionalismo romântico
R: letra C

Os sertões, obra-prima de Euclides da Cunha, foi desenvolvido em três partes distintas. Assinale, a esse respeito,a alternativa que mostra a ordem em que essas partes aparecem no livro.
A) A terra- A luta- O homem
B) A luta- A terra- O homem
C) O homem- A terra- A luta
D) A luta- O homem- A terra
E) A terra- O homem- A luta
R: letra E

A expressão Pré-Modernismo traz implícita uma significação peculiar, uma vez que o termo “pré” remete a uma situação de anterioridade, dentro de um contexto abrangente e múltiplo de sentidos; modernismo, em lato sensu, refere-se à evolução, ao progresso, e, em stricto sensu, especificamente a um gênero literário que apresenta características próprias e inerentes. Dessa maneira, pode-se dizer que, ao usar a expressão:
A) pretende-se ensejar uma definição vaga do movimento que despontava.
B) havia a certeza de que o movimento não teria repercussão.
C) procurava-se refletir as contradições de uma realidade em que várias correntes de pensamento se distinguiam e,ao mesmo tempo,contemplavam-se.
D) rotulou-se um estilo literário e único, reflexo da situação estável que ora existia.
E) tematizou-se o sentimento como a única fonte de inspiração de seus integrantes.
R: letra C

(UEL) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Pré-Modernismo:
a) Não se caracterizou como uma escola literária com princípios estéticos bem delimitados, mas como um período de prefiguração das inovações temáticas e lingüísticas do Modernismo.
b) Algumas correntes de vanguarda do início do século XX, como o Futurismo e o Cubismo, exerceram grande influência sobre nossos escritores pré-modernistas, sobretudo na poesia.
c) Tanto Lima Barreto quanto Monteiro Lobato são nomes significativos da literatura pré-modernista produzida nos primeiros anos do século XX, pois problematizam a realidade cultural e social do Brasil.
d) Euclides da Cunha, com a obra “Os Sertões”, ultrapassa o relato meramente documental da batalha de Canudos para fixar-se em problemas humanos e revelar a face trágica da nação brasileira.
e) Nos romances de Lima Barreto observa-se, além da crítica social, a crítica ao academicismo e à linguagem empolada e vazia dos parnasianos, traço que revela a postura moderna do escritor.
R: letra B

(UFTM) Considere os dados:
I. Contraste entre um Brasil arcaico – representado principalmente pelo tradicionalismo agrário – e outro, com novos centros urbanos marcados pelo início da industrialização e pela emergência de novas classes socioeconômicas.
II. Problematização da realidade social e cultural, pela revelação das tensões da vida nacional.
III. Primeira Guerra Mundial e crise da República Velha.
IV. Modernidade estilística e negação do estilo da belle époque.
Caracterizam o período histórico e cultural do Pré-Modernismo, em que se insere Lima Barreto, os dados contidos em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
R: letra E

quinta-feira, 16 de junho de 2011

As Vanguardas Europeias na pintura (Modernismo)

Expressionismo
Cubismo
Futurismo
Dadaísmo
Surrealismo


Fragmento de Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto (Pré-Modernismo)

"Iria morrer, quem sabel naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela a premiava, como ela o condenava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amaraa - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentá-la. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sidi feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!"

Fragmento de Os Sertões - Euclides da Cunha (Pré-Modernismo)

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.

A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.

É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...)

É o homem permanentemente fatigado."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Notas de Aula - Vanguardas Europeias

Vanguardas Europeias

  1. Os primeiros anos do séc. XX asistiriam a um período de grande efervescência cultural na Europa. Várias tendências atuavam no cenário. Esses movimentos receberam o nome de Vanguardas.

2. Contexto

- Freud e a teoria do insconciente (relacionada aos sonhos, a face obscura do ser) inaugurando a psicanálise.

- Lançamento dos cinematógrafos pelos irmãos Lumiére.

- Primeiro voo mecânico com Santos Dummont.

- 1º Guerra Mundial

- Revolução Russa

Movimentos artísticos do Séc. XX

Futurismo

- Defendia a negação do passado e faz elogio à máquina;

- Propunha abolição da sintaxe e da pontuação na poesia.

- Líder: Marinetti

Expressionismo

Expressão das imagens que vem do interior do ser humano, deformação de imagens.

Cubismo

- Ênfase à simultaneidade, instanteneismo, retratos do cotidiano.

- Artes Plásticas: Picasso

Dadaísmo

- Recusa de qualquer teoria;

- Improviso;

- Falta de lógica;

- Caos e absurdo.

Surrealismo

- Valorização do inconsciente;

- Ênfase ao sonho;

- Alucinação, loucura;

- Salvador Dali.